A vida inteira procuramos uma pessoa que nos complete de verdade. Vivemos experiências boas, muitas outras ruins, mas sempre acordando no dia seguinte dispostos a nos arriscar novamente até encontrar a tal da felicidade, que dizem por aí só ser real quando compartilhada. Vítimas dessa lei cruel, somos obrigados a insistir na busca eterna pelo amor, mesmo sabendo das dificuldades, e que alguns de nós simplesmente faltaram em todas as aulas sobre se relacionar com alguém. Em Ela (Her), o cineasta Spike JonzeJonze acerta mais uma vez e, digamos, consegue até provar um pouco do otimismo cego que atinge os corações dos infelizes apaixonados.
Ela, do diretor Spike Jonze.
Sinopse do filme:
Em um futuro próximo na cidade de Los Angeles, Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) é um homem complexo e emotivo que trabalha escrevendo cartas pessoais e tocantes para outras pessoas. Com o coração partido após o final de um relacionamento, ele começa a ficar intrigado com um novo e avançado sistema operacional que promete ser uma entidade intuitiva e única. Ao iniciá-lo, ele tem o prazer de conhecer “Samantha” (dublada por Scarlett Johansson), uma voz feminina perspicaz, sensível e surpreendentemente engraçada. A medida em que as necessidades dela aumentam junto com as dele, a amizade dos dois se aprofunda em um eventual amor um pelo outro.
Fazia muito tempo que eu não assistia a um filme que me tocasse tanto profundamente como "Ela".
Esse filme é um dos melhores estudos já feitos sobre a interação do homem com a tecnologia, a solidão e os relacionamentos amorosos na era digital.
Ela aborda as relações amorosas, chegadas e partidas, mas sobretudo a solidão e a solidão compartilhada dentro de uma relação. Os diálogos existencialistas tão bem construídos, arrancaram meu choro.
É daqueles filmes que eu me sentia como se eu fosse o personagem Theodore (me imagino como ele num futuro próximo), e que todas as cenas são formadas de uma forma tão real e sensível.
Ela é daqueles filmes que terminamos e ficamos semanas com ele na cabeça.
A originalidade do roteiro, a trilha sonora maravilhosa que se encaixa perfeitamente com as cenas, a direção de arte, a fotografia colorida e o desempenho de Joaquin Phoenix são alguns dos pontos altos do filme. Sem dúvida, um dos trabalhos mais abrilhantados do inventivo Spike Jonze.
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